SONHOS DE JOSÉ, MENSAGEM DE DEUS!
Gn 37.1-11
Pr. Maxwell Bispo
Int.: A história de José nos revela como os descendentes de Jacó vieram a ser uma nação dentro do Egito. Esta seção de Gênesis não somente nos prepara para a narrativa do Êxodo no Egito, como também revela a fidelidade que José sempre teve para com Deus, e as muitas maneiras como Deus protegeu e dirigiu a sua vida para o bem doutras pessoas. Ressalta a verdade que os justos podem sofrer num mundo mau e iníquo, mas que, por fim, triunfará o propósito de Deus reservado para eles.
I. José, amado e Odiado por sua Família.
a) Amado por seu pai (v 1-4)
UMA TÚNICA DE VÁRIAS CORES. A túnica ricamente ornamentada que José recebeu de seu pai, contrasta fortemente com as túnicas comuns usadas por seus irmãos. Ela revelava uma posição especial de favoritismo e honra diante de seu pai.
b) Odiado por seus irmãos (v 4-11)
UM SONHO. Deus, às vezes, nos revela sua vontade através de sonhos proféticos (28.10-17; Nm 12.6-8; Dn 7; Mt 1.20-24). Hoje, sob o novo concerto, Deus ainda pode nos falar através de sonhos (cf. At 2.17), embora sua revelação e orientação principais emanem das Escrituras (Jo 15.7; 1 Tm 4.6; Tg 1.21) e do Espírito Santo que em nós habita (Rm 8.1-17; Gl 5.16-25).
OUVI... ESTE SONHO. José revelou precipitação e imaturidade ao contar aos irmãos o seu sonho. O propósito do sonho era propiciar-lhe revelação e fé para seu espinhoso futuro, e não para ser-lhe motivo de exaltação sobre seus irmãos. Deus pode ter escolhido José para a missão de proteger a família de Jacó no Egito, por serem seus padrões morais e sua dedicação a Deus e às suas leis claramente superiores aos dos seus irmãos (2 Tm 2.20,21).
OS VOSSOS MOLHOS O RODEAVAM E SE INCLINAVAM AO MEU. Um dia esse sonho teve seu cumprimento literal (42.6; 43.26; 44.14).
c) Maltratado e vendido como escravo (v 12-36)
RÚBEN. Era o primogênito de Jacó e, nessa condição, deveria ser o líder dos seus irmãos. No entanto, depois do seu ato imoral com Bila (ver 35.22 nota), perdeu para sempre a liderança espiritual definitiva e não conseguiu aqui influenciar suficientemente os seus irmãos (vv. 22-29; 42.37,38).
d) As consequências amargas da inveja e do ódio (At 7.9)
LEVARAM JOSÉ AO EGITO. Embora José fosse tratado com crueldade pelos seus irmãos e vendido como escravo, Deus serviu-se dessas más ações do homem para realizar a sua vontade na vida de José.
II. José é humilhado e exaltado no Egito.
a) José é vendido na feira de escravos, no Egito (Gn 39.1)
José foi levado ao Egito aproximadamente em 1900 a.C. aos seus 17 anos (aprox). Isso deve ter ocorrido cerca de duzentos anos depois da chamada de Abraão (12.1-3). José enfrentou três grandes provas no Egito: a prova da pureza pessoal, prova essa que os jovens freqüentemente enfrentam quando estão longe de casa; a prova da oportunidade de vingança, uma prova por que freqüentemente passam as pessoas que sofreram injustiças e a prova de encarar a morte (quando José esteve injustamente na prisão). Em cada caso, José triunfou na prova mediante sua confiança em Deus e suas promessas.
b) José prospera na casa de Potifar (Gn 39.1-6)
As Escrituras deixam claro que a separação entre José e o seu povo estava sob o controle de Deus. Deus estava operando através de José e das circunstâncias deste, a fim de preservar a família de Israel e reuni-la segundo a sua promessa (45.5-15; 50.17-20,24; Sl 105.17-23).
c) José foi tentado pela mulher de Potifar (Gn 39.6-12)
COMO... EU... PECARIA CONTRA DEUS? Todo o pecado, inclusive o pecado contra a integridade do casamento (i.e., o adultério), é sobretudo um pecado contra Deus (Sl 51.4). O rei Davi, tempos depois, aprendeu essa lição em amarga experiência, ao longo de um contínuo julgamento divino em sua vida e na de sua família (ver Êx 20.14 nota).
ELE... FUGIU. José, por lealdade e fidelidade a seu Deus, bem como por lealdade a Potifar, continuou resistindo ao pecado (Pv 7.6-27). Ele triunfou sobre a tentação, porque de antemão já estava firmemente decidido a permanecer obediente ao seu Senhor e a de não pecar (v. 9).
O crente do novo concerto vence a tentação da mesma maneira. Ele precisa tomar uma decisão firme e resoluta de não pecar contra Deus. Havendo esse propósito, não poderá haver lugar para desculpas, exceções ou concessões.
d) José é abençoado por Deus dentro da prisão (Gn 39.21-23)
E O ENTREGOU NA CASA DO CÁRCERE. A vida de vitória sobre a tentação e a fidelidade a Deus nem sempre resultam em recompensa imediata. José sofreu por causa da sua retidão. Cristo declara que seus seguidores são também perseguidos por causa da justiça (Mt 5.10) e nos afirma que tais pessoas são bem-aventuradas e que receberão um grande galardão no céu (Mt 5.11,12).
O SENHOR... ESTAVA COM JOSÉ. Quatro vezes no capítulo 39 está escrito que o Senhor estava com José (vv. 2,3,21,23). Porque José honrava a Deus, Deus honrava a ele. Aqueles que temem a Deus e o reconhecem em todos os seus caminhos têm a promessa de que Deus dirigirá todos os seus passos (Pv 3.5,6).
José mantinha a sua fé em Deus, mesmo quando estava confinado no cárcere, sem motivo, durante pelo menos dois anos. Suas interpretações dos sonhos de Faraó, por revelação do Espírito de Deus, resultou na oportunidade para sua libertação imediata e ato contínuo, na sua ascendência à posição de autoridade. Essa narrativa salienta que, embora Deus não seja a causa de tudo que acontece (39.7-23), Ele pode usar até circunstâncias adversas para fazer cumprir a sua vontade, visando ao nosso bem, segundo os seus propósitos (Rm 8.28).
III. José é levado a presença de Faraó.
FARAÓ. Este era o termo genérico usado por todos os reis do Egito. Era comumente anexado ao nome do monarca.
a) José é lembrado perante Faraó (Gn 41.1-8)
AO FIM DE DOIS ANOS INTEIROS, FARAÓ SONHOU. O cap. 41 mostra Deus operando na vida de Faraó e de José, a fim de controlar o destino das nações e prover um lugar para o seu povo escolhido. Todas as nações estão sujeitas às intervenções de Deus e ao seu controle direto.
41.8 OS ADIVINHADORES DO EGITO. Os adivinhos (ou mágicos, i.e., pessoas que praticavam a magia ou feitiçaria) eram comuns no Egito (cf. Êx 7.11; 8.7,18,19; 9.11). A magia consistia na prática de adivinhação (i.e., a tentativa de descobrir conhecimentos ocultos por meio de maus espíritos), na tentativa de predizer o futuro e controlar o curso da natureza, dos seres humanos ou das circunstâncias, mediante a ajuda de poderes sobrenaturais ou espíritos. A lei mosaica condenava rigorosamente todo e qualquer contato com a magia ou feitiçaria (Dt 18.9-14) e o NT os condena igualmente (At 19.17-20; Ap 9.20,21; 22.15).
b) José é conduzido ao Faraó (Gn 41.9-15)
José enfatizou que seu Deus daria a interpretação do sonho de Faraó. Sua fé no Senhor Deus, confessada publicamente, poderia ter-lhe custado a vida, na presença de um rei egípcio, o qual considerava-se a si mesmo um deus.
c) José interpreta os sonhos de Faraó (Gn 41.16-32)
d) José é nomeado governador do Egito (Gn 41.33-57)
JOSÉ ERA DA IDADE DE TRINTA ANOS. José tinha dezessete anos ao ser vendido como escravo por seus irmãos (37.2). A seguir, passou treze anos como escravo, e pelo menos três desses anos foram passados no cárcere. Desse lugar, Deus o exaltou a uma posição de honra e autoridade. Aos trinta anos, porém, José continuou sendo fiel ao seu Deus. Tal dedicação é manifesta nos nomes hebraicos dos seus dois filhos: Manassés (hb. que faz esquecer , vv.57), e Efraim (hb. duplamente frutífero , vv.52).
NA TERRA DE GÓSEN. Localizada a cerca de 64 km da atual cidade do Cairo, Gósen situava-se no delta do Nilo, ficando assim separada dos centros principais da vida egípcia. Ali, os israelitas viveriam isolados dos egípcios e se desenvolveriam como nação.
E PARTIU ISRAEL. Israel (i.e., Jacó) e sua família migraram para o Egito.
1. A mudança de território do povo de Deus foi conseqüência direta da fome severa que Deus fez surgir no mundo (47.13). Deus literalmente forçou Israel a mudar-se para o Egito, por seu controle soberano (15.13,14). Na nova terra, o povo escolhido por Deus multiplicar-se-ia e se tornaria uma grande nação e de lá retornaria a Canaã (50.24).
2. Cumprindo a exigência dos egípcios (cf. 43.32; 46.34), os filhos de Israel habitaram separadamente na terra de Gósen. Ali, permaneceriam separados, um povo consagrado a Deus, esperando o dia da sua volta à pátria prometida de Canaã, onde assumiriam o seu papel no plano divino da redenção.
3. SESSENTA E SEIS. As sessenta e seis pessoas são as que viajaram com Jacó para o Egito. As setenta no versículo 27 inclui José, seus dois filhos e Jacó. Atos 7.14 conta o número de pessoas como setenta e cinco, incluindo, assim, os netos de José.
4. ABOMINAÇÃO. A ocupação principal da família de Jacó era a criação de animais. Tradicionalmente, os egípcios tinham grande desprezo por pastores de rebanhos. Essa animosidade ajudou os israelitas a permanecerem separados dos egípcios e dos seus respectivos costumes (43.2; ver 45.10).
5. José passou por vários períodos em que parecia que o sonho não iria se cumprir, e na prisão ele ficou esperando pelo copeiro e se frustrou Deus não trabalha com jeitinho humano. Qual é o copeiro que você está esperando para te ajudar no cumprimento de teu sonho? Deus não faz associação com a carne, os sonhos são d’Ele, por isso somente poderão ser realizados por Ele.
Veja o caso de José, Deus deu sonhos para Faraó para neles cumprir os sonhos de José. Ele recebeu a túnica real, Deus usando Faraó realizou isso.
1. A túnica real só é dada para quem têm no seu coração os sonhos de Deus;
2. A túnica real só é dada para aqueles que são provados e aprovados com relação aos seus sonhos;
3. A túnica real só é dada para aqueles que resistem e vencem as tentações;
4. A túnica real só é dada para aqueles que não murmuram;
5. A túnica real só é dada àqueles que continuam fazendo o que Deus quer apesar das circunstâncias. Deus tem um sonho para sua igreja, dar a ela um manto de realeza que ninguém poderá tomar, nem a carne, muito menos o inferno; nada tirará o manto de realeza que Deus deu a Igreja.
Conclusão
Por causa da discriminação, José quase foi assassinado por seus irmãos. Não aconteceu, porque Deus tinha um plano determinado com todos eles, especialmente José. Mesmo assim foi vendido como escravo, mas Deus estava com ele o tempo todo.
O esquecimento do copeiro-mor parece ter sido de propósito, na presciência divina, pois, no tempo certo, ele lembrou-se de José. Devemos esperar em Deus. Ele não se atrasa nem se adianta.
Deus te Abençoe!