A GRAÇA DE DEUS
Jo 1. 11 – 17 - Rm 5.15 – 21
Introdução.: A Graça é a bondosa e imerecida disposição de Deus para com todos os homens. Resultante do seu infinito amor.
A Graça de Deus é um dos seus mais conhecidos, amados e maravilhosos atributos. Trata-se do favor pessoal de Deus dispensado ao homem, gerando prazer e felicidade no coração daquele que a recebe. A Graça é a resposta divina a toda a miséria e necessidade humana. A Graça é o imerecido favor da Divindade, e vem tornar-se calorosamente benfazeja para com a humanidade.
I – Deus e a Graça
Uma revelação característica de Deus é a que O representa como “Deus de toda a graça” (1 Pe 5.10). Somente tal graça poderia apagar os negros efeitos do pecado. “Deus de toda a graça” significa que a graça divina é inesgotável. Esta é a grande mensagem de esperança para todos.
I.1 – O Propósito da Graça de Deus - O principal propósito da graça divina personificada em Jesus é salvar o homem (Ef 2.8,9; Tt 2.11 - 13). O homem sem Deus está morto em seus pecados. “... Estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo – pela Graça sois salvos” (Ef 2.5). Ora um morto não pode ajudar em nada na sua própria ressurreição.
I.2 – Deus é o Doador da Graça – É simplesmente maravilhoso saber, entender e experimentar o fato de que Deus pode e quer repartir sua graça. O salmista afirma: “... O Senhor dá graça e glória” (Sl 84.11).
A graça é oferecida por Deus a cada nação, a cada família, a cada indivíduo. A negrura do pecado e a maldição que ele acarreta, somente podem ser desfeitas com a doação de tão maravilhosa graça.
I.3 – O Trono de Deus é um Trono de Graça (Hb 4.16) – A Palavra graça aparece no texto bíblico cerca de cento e sessenta e seis vezes.
Com a redenção das nossas almas por Jesus, mediante o seu sangue, quando Ele, como o nosso substituto consumou a nossa salvação, o que era antes um trono de juízo, passou a ser um trono de graça.
I.4 – Necessitamos de Graça para Servir a Deus (Hb 12.28) – Devemos usar com sabedoria a graça recebida de Deus. Não a desperdicemos nem a esqueçamos.
Que a graça de Deus em nós não seja vã (II Co 6.1).
Na época da lei a obediência era exigida, mas na da graça, é esperada, segundo a lei de Cristo, que é a lei do amor (I Co 9.21). Quem mais O ama mais dedicadamente O segue e O serve (Jo 14.15, 21, 23).
A Graça de Deus leva o homem primeiramente a renunciar as impiedades e prazeres mundanos e viver sábia, justa e piamente (Tt 2.11,12).
II – Cristo e a Graça
É inteiramente impossível dissociar o Senhor Jesus da graça divina.
II.1 – A Graça veio Através de Cristo (Jo 1.17; Rm 5.15).
A humanidade experimentou a graça de Deus em todas as épocas antes de Cristo, mas não em plenitude. O mesmo se em relação a lei. A humanidade recebeu a lei de Deus antes de Moisés, mas a plenitude veio por Ele.
Jesus veio a este mundo para manifestar a graça de Deus, em toda a sua plenitude. Em virtude dessa graça, abriu-se um novo e vivo caminho para Deus (Tt 2.11; Hb 10.19,20).
II.2 – Jesus Veio ao Mundo Cheio de Graça (Jo 1.14).
A plenitude de graça do senhor Jesus é, a mais notável característica que o credencia a ser o nosso Redentor, pois pela graça sois salvos (Ef 2.7).
II.3 – A Graça é Concedida por Jesus (Jo 1.16).
A mensagem de satanás no tocante ao homem é “pele por pele” (Jó 2.4). Mas a mensagem de Cristo é “graça por graça”. Isto fala de doação permanente de uma graça inesgotável que o Senhor assegura aos seus remidos.
II.3 (a) – A Graça na Vida de Jesus (I Tm 3.16).
O mistério da encarnação é um mistério da graça.
A vida terrena do Salvador foi uma dádiva da graça.
O sacrifício do Calvário, com todas as suas dimensões universais foi um sacrifício por graça.
A ressureição triunfante do terceiro dia (I Co 15.3) foi a vitória da graça sobre o pecado, a morte e satanás.
A volta do senhor Jesus será manifestação final da graça do Senhor que disse: “não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros” (Jo 14.18).
III – A Natureza da Graça de Deus
A mente humana não está definitivamente capacitada e adestrada para compreender a infinidade da graça, em todas as múltiplas dimensões. Ela é mais profunda que o mar imenso e mais alto que os altos céus.
III.1 – Ela é Abundante (At 4.33).
A natureza da graça é a própria grandeza de Deus.
Por ser abundante ela envolve todo o mundo. Por ser abundante ela alcança todas as épocas. Por ser abundante ela anula todas as reações.
Por ser abundante ela se torna o veículo eficaz para envolver toda a humanidade, predispondo-a a tornar-se merecedora da redenção divina e facultando-lhe a oportunidade de escapar à justa e inevitável condenação.
III.2 – Ela é Suficiente (I Co 12.9).
A graça se refere à essência do caráter de Deus e demonstra assim que o tipo de natureza possui o mesmo Deus. Graça é a resposta de Deus à necessidade é altamente vasta e profundamente abrangente; Deus sentiu a importância de estender a Sua mão ao homem oferecendo-lhe uma graça suficiente.
Assim sendo o Senhor tranquilizou Paulo, afirmando-lhe: a minha graça é suficiente, a minha graça é bastante.
III.3 – Ela é Rica (Ef 2.7).
Deus manifestou sua graça a todos os homens, posto que haviam de ter sido todos encerrados debaixo do pecado. Portanto, trata-se de uma graça infinitamente rica. Por isso, Paulo mencionou as “riquezas” da graça de Deus.
III.4 – Ela é Soberana (Rm 5.21).
Por longo tempo o pecado reinou soberanamente sobre o coração do homem. Mas agora, “assim como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna”.
IV – As Operações da Graça de Deus
Independente do aspecto teológico, as operações da graça de Deuis devem ser sentidas, provadas e experimentadas na vida de qualquer criatura.
IV.1 – Justificados pela Graça (Rm 3.24).
Dinheiro algum deste mundo seria capaz de pagar a nossa redenção, pois era excessiva a nossa culpa, demasiada a nossa dívida e intolerável a nossa transgressão. Mesmo assim, o Senhor nos perdoou e justificou.
Por que e como ele o faz?
Paulo nos afirma que é por sua graça.
Essa justificação significa que Deus rasgou a cédula da dívida que havia contra nós, cravando-a na cruz do Calvário. Ele anulou a nossa “ficha ou cédula”, na qual os nossos débitos nos condenavam e agora acreditou em nossa conta o sacrifício expiatório do Seu bem-amado Filho Jesus.
IV.2 – Salvos pela Graça (Ef 2.5,8).
A graça se manifesta admiravelmente em nossa vida através da salvação que Deus nos proporciona.
A superabundante e divinal graça é experimentada através da provisão feita pelo Redentor para os que anteriormente se encontravam debaixo da Lei.
IV.3 – Perdoados pela Graça (Ef 1.7).
Somente a graça explica o perdão que o filho pródigo recebeu do pai (Lc 15.11-32). Esse, pois é o Deus que se mantém graciosamente disposto a perdoar tantos quantos o busquem ansiosos de uma reconciliação com Ele.
V – Os Crentes e a Graça
V.1 – Somos Herdeiros da Graça (I Pe 3.7).
Isto significa que Deus nos fez legalmente participantes dessa herança da graça que Ele manifestou ao mundo através de Seu Filho Jesus. A graça é nossa, portanto.
V.2 – Estamos Debaixo da Graça (Rm 6.1).
Isto quer dizer que o peso da condenação e o jugo da lei não mais pesam sobre a nossa vida. Agora estamos debaixo da bênção maravilhosa da graça de Deus, nosso Senhor.
V.3 – Devemos Crescer na Graça (II Pe 3.18).
Significa dizer que o caminho da graça é progressivo. Hoje podemos experimentar a graça em maior porção que ontem. Amanhã, mais que hoje. E assim nunca cessaremos de ver multiplicada por sobre nosso viver a exuberante graça do Senhor.
V.4 – Devemos ser Fortes na Graça (II Tm 2.1).
Uma grande queixa do povo de Deus ao redor do mundo configura-se em que vive em um estado de permanente fraqueza espiritual. Isto simplesmente não precisa acontecer. A graça nos fortalece. Timóteo foi aconselhado a fortificar-se na graça.
V.5 – Devemos Triunfar Pela Graça (II Co 12.9).
Na jornada da vida cristã, normal, e na lida do ministério as dificuldades e adversidades espirituais são vencidas pela graça.
Quando o apostolo se voltou para Deus a fim de dar solução aos seus problemas, a resposta amorosa foi “a minha graça te basta”.
Deus te Abençoe!